Quero uma casa na árvore, quero ficar mais perto do Céu. Com um só dedo, tocar uma estrela e sentir que olhas por mim como sempre fazias. No arrepio do crepúsculo, acariciar o teu rosto e balbuciar tudo o que ficou por dizer. Não são necessárias palavras; o meu pensamento voará até ti como folhas de um plátano despido pelo Outono. No calor das noites de Verão, adormecer sob o teu olhar atento e protector, controlando os sonhos que por mim passarem, os pesadelos que me atormentarem e me fizerem crer que não regressarás dessa longa viagem que sempre recearas. Dei por ti a escapulires-te pela saída que um dia conhecerei, sem sequer te ousares despedir. Fugiste em busca da serenidade que este lugar, tão sombrio e penoso, nunca te ofereceria. Agora recusas voltar e nem a minha casa no alto desta árvore te tenta a uma visita momentânea. Mas apesar de pequenino, sei que este recanto não me deixará desabar com o resto do Mundo pois, do alto desse teu pedestal, dás-me tudo o que te de