Vive. Vive sem medo que a vida passe por ti, sem que o medo da vida te impeça de viver. Não vivas por que sim. Não existas sem motivo, sem rumo. Vive com foco e, por vezes, sem ele. Deixa que a loucura te penetre nos poros, no sangue, nos ossos e te dê a dose de que precisas para que não existas simplesmente. E enlouquece. Fá-lo todos os dias, dentro do teu próprio mundo, esse mundo que talvez não tenhas ainda deixado sequer nascer. Vive. Vive e não deixes que o silêncio te prenda, fala sempre. E quando não quiseres falar, fala apenas para dizer que existes, sem te deixares cair no esquecimento. Deixa-te ir, deixa-te levar. Saboreia cada momento que nem um torrão de açúcar, pois os momentos passam a instantes, instantes que viram segundos e te fogem das mãos se não os segurares com toda a força, com a força com que nasces. No fundo a força com que deves viver quando a vida passar por ti.