Ali soube que não era em vão. Quando pegaste na minha mão e fomos por aí, à descoberta do mundo. Quando te abracei pela primeira vez e senti o teu coração bater, descompassado, soube que, juntos, assistiríamos ao filme da vida passar. Que nela correríamos e seríamos personagens principais de uma trama que duraria a vida toda. Que a vida toda nunca seria demais para os olhares cruzados, as borboletas descontroladas na barriga, o adormecer juntos a sonhar com fadas e vilões. Na verdade, nunca seria suficiente para contemplar o Sol pousado no teu rosto em tardes de Primavera, para te querer para sempre, para te tocar como nunca antes. Seria apenas o suficiente para descobrir o quão precioso pode ser o tempo, o quão genuína pode ser a vida com o teu sorriso por perto. Quero-te aqui, agora. Que continues a enrolar o meu cabelo nos teus dedos e a beijar-me a testa a cada vez que estiver doente. Quero encher-te o nariz de beijinhos e adormecer contigo no sofá, naquelas noites frias de Invern...