Uma simples fotografia não chega para apagar as saudades que tenho tuas. Sei que já não vais voltar mas, em qualquer lugar que estejas, sei que vês o espacinho que guardei para ti no meu coração. Ainda consigo ouvir o teu ronronar e ver os teus olhinhos amedrontados sempre que me afastava de ti e sentias o perigo por perto.
Ainda recordo o momento em que te vi pela primeira vez, no cimo de uma árvore, a suplicar por ajuda, num miar aflito e inquietante. Subi o mais alto que pude, peguei em ti e abracei-te com força. Trouxe-te até casa, alimentei-te e preparei um sítio confortável para dormires. A partir desse dia, tornaste-te especial; um ser que defendi incondicionalmente, contra todas as adversidades, porque tu merecias todo o respeito do Mundo por te adaptares a mim daquela maneira, não instintiva mas genuína.
Vieram os teus filhotes, o amor de mãe que sempre lhes deste e, mesmo os que não eram teus, tu trataste-os como tal.
Mas começaste a sofrer, a sofrer em silêncio sem que ninguém compreendesse que estavas doente, que precisavas de ajuda. Defendias-te como podias de tudo o que te magoava, mas o sofrimento ia, gradualmente, piorando e, sem que me apercebesse, tu ias-me morrendo nos braços por cada vez que te pegava ao colo ou te mimava como sempre fiz.
Foram anos, nove curtos anos que passaram a correr na tua presença e eu simplesmente tentava ignorar que, tal como a minha, também um dia a tua vida teria termo. E esse dia chegou.
Ainda recordo o momento em que te vi pela primeira vez, no cimo de uma árvore, a suplicar por ajuda, num miar aflito e inquietante. Subi o mais alto que pude, peguei em ti e abracei-te com força. Trouxe-te até casa, alimentei-te e preparei um sítio confortável para dormires. A partir desse dia, tornaste-te especial; um ser que defendi incondicionalmente, contra todas as adversidades, porque tu merecias todo o respeito do Mundo por te adaptares a mim daquela maneira, não instintiva mas genuína.
Vieram os teus filhotes, o amor de mãe que sempre lhes deste e, mesmo os que não eram teus, tu trataste-os como tal.
Mas começaste a sofrer, a sofrer em silêncio sem que ninguém compreendesse que estavas doente, que precisavas de ajuda. Defendias-te como podias de tudo o que te magoava, mas o sofrimento ia, gradualmente, piorando e, sem que me apercebesse, tu ias-me morrendo nos braços por cada vez que te pegava ao colo ou te mimava como sempre fiz.
Foram anos, nove curtos anos que passaram a correr na tua presença e eu simplesmente tentava ignorar que, tal como a minha, também um dia a tua vida teria termo. E esse dia chegou.
O telefonema não demorara muito para que percebesse que já nada podia fazer para te trazer de volta ao meu Mundo. Inconscientemente, as lágrimas, enormes e tristes, já me escorriam pelo rosto sem ter ainda ouvido as palavras que ditariam o teu destino e a minha profunda desolação.
O luto ainda perdura e, contrariamente a muitos humanos, tu merece-lo verdadeiramente pela paixão que inteiramente me dedicaste em vida.
Espero que te tenha sido reservado o lugar mais especial e digno do Mundo para que, finalmente, possas descansar sem qualquer sofrimento, pois, por mais tempo que passe, o teu lugar estará sempre aqui e, mesmo sem te ver, sei que estarás sempre comigo.
O luto ainda perdura e, contrariamente a muitos humanos, tu merece-lo verdadeiramente pela paixão que inteiramente me dedicaste em vida.
Espero que te tenha sido reservado o lugar mais especial e digno do Mundo para que, finalmente, possas descansar sem qualquer sofrimento, pois, por mais tempo que passe, o teu lugar estará sempre aqui e, mesmo sem te ver, sei que estarás sempre comigo.
Tita
Maio 2002-Outubro 2011
Maio 2002-Outubro 2011
Aquilo que os animais nos oferecem é do mais sincero e generoso que existe, eles nunca nos desiludem.
ResponderEliminarBjs!
É mesmo, são verdadeiros amigos :)
ResponderEliminarBjs
Mariana, o meu abraço fraterno, comovido com as tuas palavras, ternas!
ResponderEliminarObrigada :)
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