Lembras-te mãe? Quando eu era pequenina e
passeávamos de mão dada pela rua? Tinhas o cabelo mais comprido e a alma cheia
de coisas boas para me mostrar; como se ama, como se cuida de um ser tão
pequenino, tão frágil e tão seu. Algumas coisas mudam, essa permanece. Cada vez
mais forte, mais cúmplice, eterna como pertence, mas como apenas nós podemos
dizer.
Hoje é o teu dia. O dia que inauguraste há
algumas décadas da melhor forma que conseguiste. O dia com o qual aprendeste,
aprendemos e continuamos a aprender, nesta longa estrada que ainda nos espera.
Porque mesmo que o sol se ponha, o nosso caminho continua, tão lento e tão
veloz, compassado pelo silêncio da noite, pela voz das estrelas.
Nos teus olhos os dias nunca acabam, o sol
espreita sempre, mesmo nos dias mais cinzentos que quase nada têm para
oferecer. Mas tu tens. Ofereceste-me um cantinho bem grande no teu peito e mostraste-me
que posso sempre seguir os teus passos quando a vida me confundir os caminhos.
Basta-me o teu abraço para me reencontrar de novo nesse lugar que será para
sempre meu.
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