"Tu tens cara de má" - disse eu, da primeira vez que te pus os olhos em cima.
Estava longe de imaginar a surpresa que serias e a forma como, algum tempo depois, me farias engolir aquelas palavras. Depois do medo que mostraste e do receio que tive ao pegar-te ao colo pela primeira vez, foi doce a forma que arranjaste para me dizeres que me escolherias dali em diante. Olhaste para mim. Os teus olhos brotavam ternura enquanto me abraçaste e encostaste o teu focinho no meu peito.
"Leva-me para casa", parecias dizer, ainda a medo. Medo do desconhecido mas, ao mesmo tempo, ansiedade por saíres daquela boxe e seres mimada como realmente merecias, porque apesar de a equipa de médicos, enfermeiros e auxiliares, dar o seu melhor todos os dias, nada supera o conforto de uma casa, de uma família.
Passou um mês desde que te fui buscar ao Hospital Veterinário Solidário da SOS Animal e, sinceramente, ao ver-te tão feliz, tenho a certeza de que já o devia ter feito há mais tempo. Não te escolhi pelo pêlo bonito, pela graciosidade dos teus movimentos. Na verdade, nem sei bem o porquê de o ter feito mas sei que tomei a melhor decisão e que, com toda a certeza do mundo, fiz a escolha certa de entre tantas "Marias" que podia ter trazido para casa, pois sem querer, os teus olhos disseram-me que teríamos um caminho a percorrer. Talvez um pouco tortuoso, é certo, mas sempre juntas.
O que te dou é largamente superado pelo carinho que me dás todos os dias quando chego a casa ou quando te enroscas no meu colo. Quando olhas pra mim e semicerras os olhos a ronronar...e ronronas toda a noite, porque sabes que comigo estás segura e disposta a esquecer um passado infeliz.
Hoje, um mês depois de te ter comigo, és uma gata diferente. Juntas, enfrentámos uma dura batalha contra os teus medos e contra a tua falta de confiança.
Hoje és uma gata feliz; não vieste dentro de uma caixinha, com um laçarote. Não és perfeita, não tens raça nem linhagem definida, és muito melhor do que isso. Na verdade, não poderias mesmo ser melhor...sem esses bigodes enormes, sem esse meigo focinho castanho, sem essa barriga gorducha nem sem esse miar que fala comigo todos os dias. Não serias a mesma Maria se não tivesses sido tu a vir ajudar a preencher o espacinho vazio que ainda está no meu coração e que faz todo o sentido que, a partir de agora, seja só para ti.
Eras uma gata de rua. Hoje és a minha Maria e és a melhor do mundo!
"Leva-me para casa", parecias dizer, ainda a medo. Medo do desconhecido mas, ao mesmo tempo, ansiedade por saíres daquela boxe e seres mimada como realmente merecias, porque apesar de a equipa de médicos, enfermeiros e auxiliares, dar o seu melhor todos os dias, nada supera o conforto de uma casa, de uma família.
Passou um mês desde que te fui buscar ao Hospital Veterinário Solidário da SOS Animal e, sinceramente, ao ver-te tão feliz, tenho a certeza de que já o devia ter feito há mais tempo. Não te escolhi pelo pêlo bonito, pela graciosidade dos teus movimentos. Na verdade, nem sei bem o porquê de o ter feito mas sei que tomei a melhor decisão e que, com toda a certeza do mundo, fiz a escolha certa de entre tantas "Marias" que podia ter trazido para casa, pois sem querer, os teus olhos disseram-me que teríamos um caminho a percorrer. Talvez um pouco tortuoso, é certo, mas sempre juntas.
O que te dou é largamente superado pelo carinho que me dás todos os dias quando chego a casa ou quando te enroscas no meu colo. Quando olhas pra mim e semicerras os olhos a ronronar...e ronronas toda a noite, porque sabes que comigo estás segura e disposta a esquecer um passado infeliz.
Hoje, um mês depois de te ter comigo, és uma gata diferente. Juntas, enfrentámos uma dura batalha contra os teus medos e contra a tua falta de confiança.
Hoje és uma gata feliz; não vieste dentro de uma caixinha, com um laçarote. Não és perfeita, não tens raça nem linhagem definida, és muito melhor do que isso. Na verdade, não poderias mesmo ser melhor...sem esses bigodes enormes, sem esse meigo focinho castanho, sem essa barriga gorducha nem sem esse miar que fala comigo todos os dias. Não serias a mesma Maria se não tivesses sido tu a vir ajudar a preencher o espacinho vazio que ainda está no meu coração e que faz todo o sentido que, a partir de agora, seja só para ti.
Eras uma gata de rua. Hoje és a minha Maria e és a melhor do mundo!
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