Eles não sabem, não
imaginam o que é ficar noite dentro a olhar os teus olhos, adormecidos sob este
céu. Não fazem ideia do que é partilhar contigo esta fria noite de Inverno, por
entre cobertores velhos e quentes, que nos fazem transpirar, soltando
gargalhadas por entre cócegas e arrepios.
Adormeces no meu abraço, sou morada do teu sossego que parece tão calmo quanto eterno. Ao vagueares pelo teu mundo dos sonhos, deixas em mim a saudade que escorre como chuva nas varandas deste lugar. Percorro a minha mão pelo teu rosto terno e sinto-lhe marcas de luta. Num suspiro sinto-te o cansaço. Na ausência de um sorriso vejo-te a mágoa sem querer.
Não tornas a acordar. O teu corpo, imóvel, não reage ao meu abraço e a tua mão, fria, esquecera o compasso do meu coração. Tal como a chuva, as lágrimas escorrem-me pelo rosto noite dentro. Contigo nos braços, sem ti no coração, sou agora apenas metade do que há uns minutos fora.
Adormeces no meu abraço, sou morada do teu sossego que parece tão calmo quanto eterno. Ao vagueares pelo teu mundo dos sonhos, deixas em mim a saudade que escorre como chuva nas varandas deste lugar. Percorro a minha mão pelo teu rosto terno e sinto-lhe marcas de luta. Num suspiro sinto-te o cansaço. Na ausência de um sorriso vejo-te a mágoa sem querer.
Não tornas a acordar. O teu corpo, imóvel, não reage ao meu abraço e a tua mão, fria, esquecera o compasso do meu coração. Tal como a chuva, as lágrimas escorrem-me pelo rosto noite dentro. Contigo nos braços, sem ti no coração, sou agora apenas metade do que há uns minutos fora.
Mas eles não sabem, é
segredo. Não sabem que dói e que quem me dói agora és tu. Dóis-me em cada
recanto que desconhecia em mim mas não digo a ninguém. Não quero que saibam que és dor, que te sinto presente a cada momento da tua ausência nem que continuas a fazer ecoar em mim as maiores gargalhadas do mundo.
Eles não sabem o que continuamos a ser. Eles não sabem nem vão saber.
Eles não sabem o que continuamos a ser. Eles não sabem nem vão saber.
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