Está quase a fazer um ano
que me apaixonei por ti. Que olhei nesses teus olhinhos e soube que, aí, havia
amor para me dares. Que descobri, uma vez mais, que o amor tem a capacidade de
se multiplicar e dividir por todos os seres e espécies se assim o quisermos.
Foi um ano cheio de amor,
sim. Talvez nunca antes fora tão intenso, pois todos os dias ouço o teu
ronronar assim que chego a casa, como se me agradecesses a todo o instante por
existir na tua vida.
Ganhaste uma mamã, um
papá e vários admiradores desses teus bigodes enormes. Ganhaste um lugar numa
casa que será para sempre o teu porto seguro. Ganhaste mimos de manhã, à tarde, noite dentro e a toda a hora. Tens agora uma vida nova, sem fome, sem frio e sem medos.
Sei que a tua vida não será longa, será bem mais curta do que eu desejaria, mas durarás o tempo suficiente para saberes o quanto gostámos de ti, o quão felizes fomos ao saber que era recíproco.
De um dia para o outro a
tua vida mudou. A minha também. Já não me imagino sem ti e tenho até medo de o
imaginar porque sei que a tua ausência me faria sofrer. Sofrer demais. Sofrer como se de um ser humano te tratasses, pois o que te falta mesmo é falar, nada mais.
O principal já existe. O amor está lá. Aí e aqui. E é imenso.
O principal já existe. O amor está lá. Aí e aqui. E é imenso.
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