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O meu pai


O meu pai é pequeno. Pequeno em altura, mas chega onde quer, pois o coração que tem é grande, muito grande.
O meu pai é carinhoso. Sabe encher-me de mimos como ninguém quando mais preciso e, mesmo quando não preciso, acabo por precisar sempre, porque os mimos do pai são inconfundi
velmente irresistíveis..
O meu pai é divertido. Passou ao lado de uma carreira de humorista, certamente bem-sucedida. As graçolas saem-lhe naturalmente, tão naturalmente quanto as gargalhadas que se sucedem. E ele ri, ri sempre porque a positividade lhe corre nas veias. Mesmo quando não há mais nada de positivo, ele encontra sempre algo que nos faça esboçar um sorriso, mesmo que não seja de orelha a orelha.
O meu pai é emocional. E, tal como eu, emociona-se ao mais pequeno toque, à mais pequena falha de graça que a vida tenha. Emociona-se mesmo quando existe felicidade em demasia e a vida parece surpreendê-lo apesar de, com a sua idade, já poucas coisas o conseguirem surpreender.
O meu pai é autêntico. Age com o coração e esquece a razão. Porque, para ele, a razão de viver a vida é vivê-la com amor e desse eu sei que ele tem de sobra.  
Ele celebra a vida e desvaloriza o resto. Porque, segundo ele, o importante é aproveitar cada dia como se fosse o último, mesmo que alguns dos dias sejam mais cinzentos, ele diz que o seguinte será sempre melhor. E eu acredito. Acredito porque o meu pai não mente e raramente se engana. Não se engana porque os pais nunca se enganam. E eu não me engano se disser que ele é, sem dúvida, o pai mais fantástico do mundo!

Comentários

  1. Lindo texto mesmo, de facto é de admirar essa bela empatia entre pai e filha, e como eu compreendo tal amor..! :)

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